quinta-feira, 3 de março de 2016

A infinita busca pelo conhecimento

Uma vez um colega, graduando em engenharia elétrica, disse enquanto testava um componente eletrônico: "Eu gostaria mesmo é de entender como isso funciona por dentro, a função disso eu já sei". Compartilhando desta mesma dúvida, me lembrei que há muito tempo atrás era eu quem questionava: "Nossa! Deve ser uma loucura mesmo o funcionamento desse tocador de cd, como será que ele lê o cd e transforma em música?".

Ora, uma vez acreditamos que o universo era composto de quatro elementos (ar, terra, fogo e água), mas este conhecimento não nos satisfez. Descobrimos os átomos, temos uma tabela periódica classificando uma variedade deles e eventualmente descobrimos outros novos, mas não é suficiente. Os átomos são formados por elétrons, prótons e nêutrons (assim aprendemos no ensino fundamental),  depois eles nos falam que o núcleo do átomo contém ainda mais partículas, mas não é suficiente... E não é assim com os médicos? Não é assim com os astrônomos? Com os matemáticos? Com os químicos? Digo também os filósofos, mas é claro! Estamos todos a todo tempo buscando entender como tudo funciona, cada um incomodado por uma dúvida diferente, mas todos buscando alguma resposta, ainda que seja uma questão mais pessoal que profissional.

Aliás, eu até acredito que essa seja a melhor definição para o ser humano, o vício pelo conhecimento, pois os outros animais também pensam! Eu tinha um cachorro que fugia quando eu, segurando uma toalha de banho, oferecia a ele algum petisco. Animais pensam, mas se limitam a pensar em sua própria sobrevivência: caçar, comer, dormir, fugir do banho... Nós, por outro lado, questionamos tudo! E assim seguimos, num ciclo interminável de perguntas e respostas, onde se criam novas perguntas a cada resposta obtida, e não há nada mais natural para o ser humano do que questionar. 

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